Lar ou ordem de matrimônio.Lugar ou união.Aconchego ou firmamento.
Pensei em inventar um novo significado pra palavra casar, mas n adiantaria, pois inventariam uma outra palavra pra significar.
Aí mudei de casa e agora to morando com o tempo, sabe?
Lavo a roupa interna, tomo banho de esperança, minha cama guarda meus sonhos, cada gaveta do guarda-roupa uma vontade minha –engavetada- esperando o momento de abrir e me dominar, o sofá e suas almofadas se tornam ombros e colos, mas as vezes ele me engole. Esperando a descoberta, a sacada. As paredes me ouvem, o ventilador me hipnotiza, a televisão me distrai, me informa, mas não me transforma. Me visto e me invisto de cores pra deixar a vida mais divertida. Calço meus sapatos pra proteger minha base, o piso fixado no cimento sustenta meu chão pra que eu não o perca. O espelho reflete todos os meus ângulos e me mostra quem eu sou. Troco de cômodo pra sair do comodismo, me incomoda. Limpo a poeira que o tempo acumula sobre as coisas, limpo os rastros dos passos guardando em mim as pegadas, as lâmpadas iluminam meus pensamentos, na cozinha tudo que está por ser digerido, o livro de receitas explica só como preparar, o forno me empresta seu calor, o fogão acende chamas em mim. E a geladeira ali parada branca refrigerando, esfriando alguns fatos e até congelando quando é preciso, mas sempre chega o momento de descongelar. As portas se abrindo e outras se fechando, as janelas deixam o ar e o sol entrar pra renovar. A campainha às vezes é sinônimo de alegria futura a curto prazo, as vezes somente uma brincadeira de criança.
È possível adentrar nessa casa, somente com uma chave, aquela que cada um tem dentro de si e que encontra quando se permite.
Tudo no seu devido tempo, afinal to morando com ele agora né?
Pensei em inventar um novo significado pra palavra casar, mas n adiantaria, pois inventariam uma outra palavra pra significar.
Aí mudei de casa e agora to morando com o tempo, sabe?
Lavo a roupa interna, tomo banho de esperança, minha cama guarda meus sonhos, cada gaveta do guarda-roupa uma vontade minha –engavetada- esperando o momento de abrir e me dominar, o sofá e suas almofadas se tornam ombros e colos, mas as vezes ele me engole. Esperando a descoberta, a sacada. As paredes me ouvem, o ventilador me hipnotiza, a televisão me distrai, me informa, mas não me transforma. Me visto e me invisto de cores pra deixar a vida mais divertida. Calço meus sapatos pra proteger minha base, o piso fixado no cimento sustenta meu chão pra que eu não o perca. O espelho reflete todos os meus ângulos e me mostra quem eu sou. Troco de cômodo pra sair do comodismo, me incomoda. Limpo a poeira que o tempo acumula sobre as coisas, limpo os rastros dos passos guardando em mim as pegadas, as lâmpadas iluminam meus pensamentos, na cozinha tudo que está por ser digerido, o livro de receitas explica só como preparar, o forno me empresta seu calor, o fogão acende chamas em mim. E a geladeira ali parada branca refrigerando, esfriando alguns fatos e até congelando quando é preciso, mas sempre chega o momento de descongelar. As portas se abrindo e outras se fechando, as janelas deixam o ar e o sol entrar pra renovar. A campainha às vezes é sinônimo de alegria futura a curto prazo, as vezes somente uma brincadeira de criança.
È possível adentrar nessa casa, somente com uma chave, aquela que cada um tem dentro de si e que encontra quando se permite.
Tudo no seu devido tempo, afinal to morando com ele agora né?